3 verdades que um pastor gostaria de falar aos seus obreiros



Acredito que para começar a trabalhar no ponto sublinhado no título deste texto, primeiro devo fazer algumas considerações iniciais para que não surjam dúvidas quanto a minha sinceridade ao escrever essa breve reflexão.  Gostaria de dizer, em primeiro lugar, que não sou pastor; pelo menos não na interpretação "moderna" do termo. Sei que um pastor que lida há anos com obreiros de diversas personalidades estaria mais habilitado a escrever sobre essa temática, mas acredito que muitos deles concordarão com o que proponho aqui. 

Em segundo lugar, a minha experiência se justifica justamente por conviver com pastores e seus desafios contínuos de "agradar e desagradar" aqueles que estão arrebanhados em suas congregações. Por fim, a Bíblia dá diretrizes inequívocas de como deve ser um obreiro, além de princípios basilares que não me deixam confundido e com menos autoridade (com exceção da experiência) para falar o quê um pastor gostaria de dizer aos seus obreiros, mas que na maioria das vezes não diz, por se tratar de situações complexas as quais julga quem tem mais a perder do que a ganhar, tendo em vista que um obreiro não está sozinho na congregação, mas há pessoas e famílias sob sua influência. 

Para avançarmos, deixe-me dizer algo: amamos textos que falem sobre o papel do "verdadeiro" pastor. Ressaltamos suas obrigações e o que pode ou não pode fazer. Não posso discutir a intenção do coração de quem escreve esses textos, mas quase sempre estão certos em seus conteúdos. Posto isso, vamos ao tópico.

3 verdades que um pastor gostaria de falar aos seus obreiros:

1º Ele não te dá uma oportunidade para pregar porque você é ruim ou despreparado. 
Os obreiros, na maioria das vezes, amam microfones. Gostam de oportunidades para pregar ou dar uma "faladinha básica" sobre qualquer tema e assunto. O sonho de um pastor, acredito que seja ter uma junta de obreiros versados na palavra de Deus, a fim de que a árdua tarefa de alimentar as ovelhas possa ser repartida com homens capazes — salvo exceções (atente-se a essa expressão para avançar a leitura do texto).
O seu pastor não lhe dá uma oportunidade porque nas outras vezes foi algo desastroso. É possível que você tenha falado algo inconveniente e pueril. Além do mais, a falta de profundidade na palavra de Deus pode ter sido o maior agravante. Talvez você replique: "mas ele não está sendo muito severo?" Ser zeloso com o rebanho de Deus não é ser severo. Quer severidade maior que um pastor receberá se perder uma alma por negligência pastoral? 
Antes de achar que o seu pastor está lhe perseguindo, faça uma autocrítica e se prepare mais uma vez. Leia, estude, ore e se consagre a Deus que outra oportunidade virá. Frequente a Escola Bíblica Dominical, faça algum curso de teologia e compre alguns livros. Um ministério relevante custa caro, e não falo somente do peso da cruz.  

2º Você não é a última bolacha do pacote! 
"Eu falo a verdade, por isso ele não suporta me ouvir". Você não é a primeira e muito menos a última pessoa a supostamente falar a verdade. Entenda que você não é o "profeta" mal compreendido desta geração. Pode ser que você seja simplesmente mal-educado, deselegante e desrespeitoso. 

3º "Eu não sou perfeito..."
A verdade é que o ministério pastoral é idealizado pela maioria dos cristãos. Todo pastor tem deveres bíblicos e mais uma "cartilha" cristã a seguir. Não estou dizendo que falhas morais de pastores devem ser simplesmente colocadas para debaixo do tapete, mas também não devemos tratar os pastores como super-homens da fé, visto que todos estão sujeitos às falhas. O seu pastor quer que você saiba que ele gosta de ser admirado, mas que jamais será "perfeito" em todas as suas atitudes.  


Trata-se de um resumo, pois não viso esgotar o tema numa breve reflexão. Espero gerar uma autocrítica por nós obreiros para que possamos crescer em graça e conhecimento, servindo dia após dia a Cristo nosso Senhor.

Em Cristo,

Vinícius O. dos Santos.

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